domingo, 8 de abril de 2012

Vicky Cristina Barcelona



Depois de se imortalizar como um dos maiores cineastas de todos os tempos, o diretor Woody Allen passou por um período de baixa criatividade no começo da década passada. Seus filmes não conseguiam mais agradar ao público e os críticos falavam que sua fonte criativa tinha se esgotado. Em 2005, Allen, que foi um dos responsáveis por imortalizar Nova York no meio cinematográfico, lançou Match Point, um suspense que retratava a história de um caso que acabava de forma trágica, tema que já tinha usado em outro filme seu, Crimes e Pecados, só que agora, ao invés da paisagem de Nova York, o diretor dirigiu sua produção em Londres. O filme fez bastante sucesso e os críticos comemoraram que Woody Allen tinha voltado a sua grande forma. E dessa forma, o diretor se reiventou, chegando ao seu auge criativo e financeiro, com Meia Noite em Paris e também, Vicky Cristina Barcelona.

O filme, lançado em 2008, tenta de certa forma descomplicar o amor presente nas comédias românticas. Fala de duas amigas, que partem em direção a Barcelona para tentar achar formas criativas de expressas suas idéias. Apesar de muito apegadas, as duas tem pensamentos totalmente opostos em relação ao amor. Vicky está noiva e adora o namorado, já Cristina procura sua personalidade e também o amor, sem ter muita certeza se um dia irá encontrar as duas coisas. Em uma noite elas conhecem um pintor Espanhol chamado Juan, recém separado da esposa, que as convidam para um final de semana regado a arte, música e sexo. Vicky, a mais certinha, recusa, já Cristina, aceita sem pensar duas vezes. Dessa forma ambas partem para o interior da Espanha, onde os planos saem um pouco fora do contexto esperado. A história também conta com o aperitivo de uma personagem especial, Maria Elena, ex esposa de Juan, que apresenta comportamento destemperado e se aproveita do relacionamento do marido com Cristina para tentar resolver os seus problemas conjugais.

Vicky Cristina Barcelona é um ótimo filme. O roteiro é muito bem construído e os personagens apresentados, podem ser vistos claramente como uma homenagem, de Woody Allen para um dos maiores diretores espanhóis, Pedro Almodovar. Apesar de não se tratar claramente de uma comédia e nem muito menos de um romance típico, a produção consegue agradar aos fãs dos dois gêneros e se sai como uma das melhores produções de Woody Allen. Penelope Cruz, que dá vida a tempestuosa Maria Elena, rouba a cena e se torna em uma das personagens femininas mais inesqueciveis criadas pelo diretor, ao lado de Diane Keaton em Annie Hall e Dianne Wiest em Tiros na Broadway.

                                                       Penelope: Personagem inesquecível

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