Esse blog tem como idéia central celebrar a sétima arte, eu sou um grande amante do cinema e ficarei feliz em compartilhar minhas idéias com os visitantes, sejam bem vindos.
sábado, 21 de abril de 2012
Moulin Rouge
Na ousada Paris do final do século XIX, um romântico escritor acaba se apaixonando por uma bela e sedutora cortesã. A moça acaba retribuindo o sentimento e os dois acabam se envolvendo em uma história de amor impossível, atiçando o ódio de um duque, para quem Santine, a cortesã da história, está prometida. Usando a linguagem de musicais dos anos 60 e desenhos animados da Disney, onde locações e acontecimentos apelam mais para o imaginário do que para a realidade, o diretor Australiano Baz Luhrmann criou Moulin Rouge, lançado em 2001, considerado o responsável pela volta dos grandes musicais ao cinema americano.
Depois do estouro de Titanic nos cinemas, as histórias românticas viraram do dia para a noite a receita do sucesso para os grandes estúdios e Moulin Rouge, querendo ou não, faz parte dessa vertence. Usando uma história que em muito lembra o roteiro de Fim de Caso, o diretor criou uma megalomaníaca produção, onde usa de hinos pops modernos, para servir como pano de fundo para a história dos dois protagonistas. Se inspirando claramente em desenhos animados musicais, como a Bela e a Fera, onde não se prima muito pelo realismo, o filme conta sua história por uma ótica surreal e fantasiosa, onde o kitsch se faz presente em todos os momentos.
É conhecido que em 1951 tinha sido lançado um filme chamado Moulin Rouge, que chegou até a concorrer ao Oscar de melhor filme, que trazia a estrela Zsa Zsa Gabor como alvo amoroso de um escritor deficiente, envolvendo também, traições, dúvidas e muita música. Apesar de ter a mesma temática e o mesmo pano de fundo do filme dos anos 50, o Moulin Rouge de Baz Luhrmann passa longe de ser uma refilmagem, o diretor já tinha mostrado em Romeu + Julieta, que era fiel fã do surrealismo, e coloca presente esse traço de sua personalidade nesse filme, mesmo que para isso tenha perdido muito da emoção que poderia ter tirado de sua produção. Não se decidindo se fica entre o drama, a comédia ou o musical, Moulin Rouge tenta agradar a todos os tipos de público e em determinado momento acaba se perdendo. Apesar das ótimas cenas musicais e Nicole Kidman junto com seu perceiro de cena, Ewan McGregor, mostrarem boas interpretações com uma otima química, Baz Luhrmann não se decide entre o musical clássico ou o anti-musical e no fim das contas mostra apenas um filme um tanto quanto confuso.
Apesar de seus diveros defeitos, Moulin Rouge fez bastante sucesso, principalmente pelo apelo da história do casal principal, que em determinado momento chega até a emocionar e apresentar bons momentos. Mas no fundo é apenas mais uma história de amor impossível onde os ciúmes e as traições de fazem presentes. Tentando se mostrar diferente dos grandes musicais, Moulin Rouge acaba se revelando um filme menor, perdendo em comparação até para Chicago, que mergulha de cabeça da linguagem do estilo e arranca excelentes momentos do elenco com momentos musicais épicos. Moulin Rouge passa um pouco longe do que os seus fãs costumam anunciar.
6/10
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