Esse blog tem como idéia central celebrar a sétima arte, eu sou um grande amante do cinema e ficarei feliz em compartilhar minhas idéias com os visitantes, sejam bem vindos.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Maria Antonieta
Parentes próximos de Luís XIV, o famoso rei sol, idealizador da construção do castelo de versalhes e de um estilo luxuoso de vida, Luís XVI e sua esposa, Maria Antonieta, entraram para a história por terem sido executados na revolução francesa. Segundo alguns historiadores, a rainha consorte, Maria Antonieta, era uma pessoa fútil e frívola, que só ligava para comer e comprar o maior número de roupas possíveis. Tida como a primeira rainha fashion da história, Maria Antonieta sempre exerceu grande fascínio sobre as pessoas, e sua vida já foi retratada diversas vezes em filmes, livros e séries de televisão. Em 2006 a diretora Sofia Coppola, diretora elogiada por Encontros e Desencontros, resolveu dar a sua própria versão para a vida da rainha.
Tirada do domínio dos pais, aos 15 anos, Maria Antonieta saiu de seu país natal, a Austria, para se casar com o príncipe herdeiro da França, Luís XVI. Tendo que se acostumar com os costumes grandiosos do país do marido, Maria Antonieta se depara com uma situação delicada, o príncipe se recusa a ter relações sexuais com ela, o que a impede de gerar herdeiros, causando uma grande cobrança por parte da monarquia francesa. Usando de uma linguagem absolutamente moderna, Sofia Coppola não se prende ao estilo de filmar de produções históricas e nem muito a cronologia, tenta se focar na personalidade da rainha, colocando-a como uma garota imatura que do dia para a noite se vê no centro de um jogo político e tendo que lidar com as fofocas do trono.
Usando de excelentes locações, o filme se torna impecável visualmente. O figurino usado pelos atores são soberbos e se tornam um capítulo a parte, cada vestido confeccionado e mostrado em cena são fiéis e mostram perfeitamente bem o luxo vivenciado pelos membros do trono francês. Indo totalmente contra o esperado, a diretora escolhe uma trilha sonora moderna para pontuar os momentos de seu filme, entre as bandas escolhidas estão The Strokes e The White Stripes. Criando uma visão totalmente inovadora e moderna, a diretora não agradou aos críticos mais sérios e teve seu filme vaiado em Cannes.
Maria Antonieta passa longe de ser um grande filme, mas do ponto de vista histórico, se torna um filme agradável. Sofia Coppola não se mostra desrespeitosa em nenhum momento, mostra os acontecimentos mais importantes da vida da personagem central de forma séria e direta. Sem se mostrar fã de filmes do gênero, a diretora criou um filme bem mais leve do que outros que falam de nobres européias, caso de A Rainha Margot e Elizabeth, que colocam em pauta a tensão que rondava a política da França e da Inglaterra.
Kirsten Dunst constrói a sua atuação de forma leve, criando uma Maria Antonieta encantadora e humana, seus momentos em cena são luminosos e já valem a conferida no filme. Do ponto de vista de filme "sério", Maria Antonieta passa longe de ser uma grande produção, porém é um bom programa para quem pretende entender melhor sobre a vida monarquica em um período de mudanças de pensamento.
7.5/10
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