A atriz Sarah Polley, sempre causou boa impressão dos críticos e do público em suas excurções cinematográficas no campo da atuação, como por exemplo em As Aventuras do Barão Munchausen, onde atuou ao lado de Robbin Williams. Em 2007 Sarah Polley supreendeu novamente os críticos e o público, só que agora como diretora do projeto Longe Dela, onde através de sua visão sensível, construiu um ótimo trabalho sobre como o Alzheimer separa casais a muito tempo juntos.
Grant e Fiona, casal de meia idade que aparenta felicidade, tem suas vidas interrompidas por esse mal misterioso. Fiona, passa a esquecer onde guardar as coisas, se esquece da palavra vinho e se perde em um passeio sobre a neve. Mulher vivida e experiente, ela logo deduz que está com Alzheimer e pede pela sua internação, o marido, temeroso da perda da esposa, cria uma campanha conrta e diz que é muito cedo para uma decisão tão séria. Separados pela memória, Fiona passa a se interessar cada vez mais por um paciente da clínica onde está internada, onde deposita toda sua atenção, criando uma verdadeira parede de filho e a separando definitvamente do marido.
Com uma visão triste e realista sobre essa doença incurável, Sarah Polley cria um ótimo filme onde o sentimentalismo não é piegas e o real sentido da saudade está representado em uma distância sentimental, não geográfica. Com uma cronologia de fatos que inicialmente se apega aos flash backs, o filme ganha vida e brilho com a luta do marido desconsolado que mesmo com a eminente demência da esposa, não desiste dela. Com uma fotografia linda e uma trilha sonora apropriada para sua história tocante, Longe Dela se mostra um ótimo drama e capaz de realmente ser visto.
Julie Christie que dá vida a Fiona, constrói sua atuação com sensibilidade e naturalidade. Mostrando emoções contidas e corretas para cada situação retratada, a atriz se prova uma boa interprete, capaz de segurar um filme e emocionar o público, o tempo realmente trouxe maturidade para a atriz. Gordon Pinsent se sai bem como o marido prestativo de Fiona, mas se torna meio apagado se comparado a sua parceira de cena.
Apesar de não ser um filme brilhante e nem muito menos genial, Longe Dela se prova um belo e inspirado trabalho de sua diretora, que em sua estréia cinematográfica, já foi capaz de mostrar um apurado bom gosto visual. Com uma atriz principal dando um verdadeiro show de atuação e um roteiro bem pontuado e razoavelmente bem construído, Longe Dela se prova um bom drama.
8/10
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