quarta-feira, 4 de abril de 2012

Qual o momento certo para ganhar um Oscar?

Muitas pessoas acham que por o Oscar ser o maior prêmio do cinema, vencê-lo significa um verdadeiro empurrão na carreira. Vencedores merecedores ou não, o Oscar mostra em seu histórico que as vezes é muito mais saudável estar entre os quatro derrotados sorrindo amarelo na platéia do que subir para receber o "carequinha".

1- Venceram na hora errada

De vez em quando, aparecem em Hollywood promessas de sucesso, atores iniciantes que se destacam em algumas produções e logo chegam nas grandes premiações, principalmente em categorias coadjuvantes, destinada a atores que "roubam a cena". Em alguns casos, diversos atores iniciantes ouvem seu nome e logo tem todos os olhos da indústria voltados para si, e são elevados diretamente aos postos de protagonistas. Esse fato levou a ruína diversos atores considerados promissores, o primeiro nome que aparece em mente é o de Timothy Hutton, premiado pelo papel de um jovem perturbado no dramalhão Gente Como a Gente. Depois do prêmio, Timothy foi alçado ao primeiro escalão de Hollywood, porém, afundou na carreira e hoje em dia depende da tv e grava filmes que são diretamente lançados em dvd, para completar, comprovou que seu Oscar foi apenas uma questão de "sorte" de iniciante, ao se consagrar posteriormente como um canastrão.

                                                     Timothy: vítima do mal do Oscar

Entre as mulheres, nomes que logo surgem na cabeça são o de Marisa Tomei e Tatum O´Neal. Quando ganhou o seu Oscar pelo chatíssima comédia Meu Primo Vinny, Marisa era cotada como uma promessa brilhante em Hollywood, depois da premiação, pegou diversos papéis em filmes maiores e se enforcou com a corda dada por Hollywood. Passou anos destinada a pequenas produções onde vivia papéis de moças confusas, até ter a sorte de pegar duas indicações nos anos 00, onde conseguiu estabilizar sua carreira e salvar seu nome parcialmente. Sua queda acelerada nos anos 90, gerou até um boato surreal, que dizia que sua vitória tinha sido fake, já que o anunciante tinha lido o nome que aparecia na tv em sua frente, não o que tinha no papel.

                                                  Marisa: prêmio azarado

2- Oscar realmente faz a diferença?

Independente do Oscar ser um prêmio absurdamente importante até hoje, as vezes, grandes artistas não dependem dele para se consagrarem como grandes nomes. Al Pacino e Paul Newman são dois exemplos claros disso. Ambos, através de seus talentos, pegaram diversos papéis importantes em produções que marcaram época, foram indicados ano após ano sempre com derrotas para rivais nem tão talentosos. Quando chegaram a um ponto chave de suas carreiras, finalmente tiveram a sorte de ouvir seus nomes sendo anunciados, um caso diferente de premiação, ao invés do Oscar emprestar o seu brilho para os vencedores, dessa vez foram os vencedores que emprestaram seus brilhos para o Oscar. Al Pacino ainda teve a educação de ir receber sua estatueta, já Paul Newman, deu a seguinte declaração "estive lá por oito vezes e nunca ouvi meu nome, talvez se eu não for esse ano, eles resolvam me dar o prêmio". Independente do Oscar, os dois foram os grandes nomes de suas gerações.

                                                       Al Pacino: indiferente ao Oscar

Alguns nomes famosos, como Deborah Kerr e Glenn Close, nunca nem chegaram a subir ao palco para comemorar suas estatuetas. Deborah foi uma das maiores estrelas do cinema dos anos 50, protagonista de diversos clássicos de Hollywood. Foi indicada seis vezes em pouco mais de dez anos, sempre sendo derrotada. Em 1994 a academia deu a Deborah o prêmio Honorário pela sua carreira, um prêmio considerado tapa buraco, nessa categoria também venceram verdadeiras lendas do cinema como Charles Chaplin, Alfred Hitchcock e Kirk Douglas. Algo considerado "engraçado" nessa premiação de Deborah Kerr, é o fato de que ele foi entregue por Glenn Close.

Glenn Close é uma das maiores atrizes vivas, protagonista de clássicos do cinema como Ligações Perigosas. A atriz foi indicada 5 vezes nos anos 80, sendo seguidamente derrotada. Em 2011, pela sua atuação em Albert Nobbs, Glenn conseguiu chegar a sua sexta indicação e saiu novamente derrotada, chegando ao número de indicações de Deborah Kerr. Como a atriz está em uma idade limite para sua carreira, é bem provável que ela não chegue a receber o prêmio, colocando-a como mais um caso de grande injustiçada pela academia. Outros nomes que se encontram nessa situação...

Julianne Moore, Annette Bening e Sigourney Weaver.

                                                         Glenn e Deborah: divas renegadas

3- Oscars que chegaram na hora certa.

Quando finalmente é a hora certa para se ganhar um Oscar? Tom Hanks passou os anos 80 fazendo comédias ligeiras, que rendiam boas bilheterias e faziam a sua moral subir com os estúdios. No começo dos anos 90, Hanks percebeu que já tinha moral o suficiente para se arriscar e topou viver um advogado vitima de AIDS. Recebeu o Oscar e o título de ator humanitário. Para completar sua boa fase, venceu o Oscar no ano seguinte por Forrest Gump.

                                                    Hanks: Prêmios seguidos

Kate Winslet é outro exemplo. A atriz conseguiu duas indicações seguidas antes dos 25 anos e felizmente perdeu. Dessa forma a atriz não se sentiu na pressão de fazer grandes papéis e passou a se arriscar cada vez mais em sua carreira, pegando personagens que outras colegas de profissão talvez não tivessem a coragem de pegar. Depois de cinco indicações, Kate recebeu sua estatueta no auge de sua carreira, onde não se sentia mais na obrigação de pegar bons papéis e nem provar nada a ninguém.

                                                   Kate: Oscar no auge

2 comentários:

  1. Oi. Gostei muito do seu blog, bem interessante. Também gosto de cinema, quer dizer, não entendo muito, mas gostei do blog por ter dicas de filmes que pretendo ver.
    Boa iniciativa.
    Rogério.

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  2. Valeu Rogério, fique a vontade para comentar.

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