sexta-feira, 11 de maio de 2012

If These Walls Could Talk 2



Aproveitando o sucesso do telefilme If These Walls Could Talk, lançado em 1996, o canal HBO criou uma continuação, só que dessa vez usando outro tema polêmico, se no primeiro o assunto central era o aborto, agora o lesbianismo dava o tom na história. Da mesma forma que aconteceu no filme anterior, o filme foi dividido entre três histórias que se ligam por um ponto em comum, e dirigidos por Jane Anderson, Martha Collige e Anne Heche.

A primeira parte do filme, retratado no ano de 1961, fala sobre um casal de lésbicas idosas, aparentemente felizes e juntas a um bom tempo, a alegria acaba quando Abby morre e deixa sua companheira Edith sozinha, a senhora se depara com a família mesquinha da ex companheira e tenta enfrentar a solidão. A segunda parte se centra no ano de 1972, no auge da revolução sexual, Linda, uma jovem ligada ao movimento feminista, conhece Amy em um bar e provoca a raiva de suas amigas, já que Amy tem um estilo de vestir masculizado e vai contra os ideais o "movimento". A terceira parte adota um tom mais leve e conta a história do casal Fran e Kal, envolvidas em um processo de gravidez.

If These Walls Could Talk 2 é um excelente filme sobre o mundo gay e não se mostra apelativo em nenhum momento. As três diretoras em questão conseguem se sair bem em um mundo que elas próprias são próximas, e conseguem sincronia entre si, já que todas as três partes do filme mantem a qualidade. No fim das contas as três histórias podem ser usadas facilmente como bandeira pelo fim do preconceito, tratando de forma limpa e tocante três momentos da sociedade, e como elas viam um único comportamento humano de maneiras diferentes.

O elenco inteiro está excelente, na primeira parte, Vanessa Redgrave rouba a cena e brinda o público com uma atuação belíssima e emocionante. Na segunda parte Michelle Williams e Chloe Sevigny vivem de maneira natural um casal jovem lutando contra os preconceitos do próprio mundo gay. E para terminar o filme com chave de ouro, Sharon Stone e Ellen DeGeneres brincam em cena com química e humor.

Um belo e essencial filme. A forma respeitosa com que o tema é tratado é belíssimo e merece os aplausos do público.

8.0/10

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