domingo, 25 de março de 2012

Servindo em Silêncio



Milhões de filmes já foram feitos sobre o mundo homossexual, uns muito bons e outros que nem merecem ser dignos de serem citados. Grande maioria dos filmes que falam sobre o mundo GLS constuma seguir ou para o lado do drama ou da comédia escrachada, em alguns casos, parte para o lado pseudo intelectual e fala do universo como um mundo paralelo. Aliar esse mundo já muito explorado com uma figura real e que lutou pelo "movimento" sempre é resultado de sucesso e prêmios, caso desse filme lançado para a tv em 1995 e produzido por ninguém menos que Barbra Streisand, que aparece nos créditos ao lado de Glenn Close, que além de produtora é protagonista da história.

O filme fala sobre Margarethe Cammermeyer, oficial do exército americano que lutou na guerra do Vietnã. Quando deseja subir de cargo, Margarethe acaba assumindo sua homossexualidade e simplesmente é dispensada, devido a uma absurda lei que proibe a presença de homossexuais no exército. Margarethe então, resolve processar o exército e enfrentar o preconceito da sociedade, além de assumir sua opção sexual para sua família.

O filme poderia cair facilmente no melodrama televisivo, mas não é isso que acontece. A produção é uma boa bandeira para o movimento GLS, mostrando uma luta por uma causa justa, e não por uma bandeira inútil que não faria diferença para ninguém. Usando a história de Margarethe, a produção mostra de forma saudável que os homossexuais são pessoas tão capacitadas como qualquer outra, e por essa razão merecem respeito pelo que verdadeiramente são. Glenn Close, incrível como sempre, consegue uma atuação excelente e dramática na medida, pode-se dizer facilmente que se trata de um dos seus melhores trabalhos, sua caracterização como Margarethe é perfeita, a atriz não fica apenas no campo da imitação e tenta entender a cabeça e a alma de sua personagem, as suas cenas são emocionantes e por si só valem o filme. Para viver a companheira de Margarethe foi escolhida a eclética e competente Judy Davis, que se sai maravilhosamente bem em uma atuação espontânea e sem grandes motivações. As duas conseguem mostrar naturalidade com suas personagens e passam com perfeição o sentimento que nasce entre as duas. Pelos papéis ambas ganharam o EMMY e Globo de Ouro de melhor atriz (Glenn Close) e melhor atriz coadjuvante (Judy Davis) na categoria destinada a telefilmes. Um ótimo projeto, com um grande elenco e com uma grande história de luta e vitória.


                                           Glenn Close: Diva versátil

Judy Davis e Glenn Close dando vida a suas personagens

                                                  A verdadeira Margarethe ao lado de Barbra Streisand

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