domingo, 25 de março de 2012

Desaparecido, Um Grande Mistério




A passagem do estilo colonial para a república nos países do continente americano foram motivadas por lutas e alianças políticas de vários países que comandavam o jogo econômico nos idos no século XIX. Porém existe um ditado entre historiados e pesquisadoras que coloca em pauta a dificuldade e o atraso de uma organização política na América Latina "se o mundo inteiro existe problemas políticos, na América Latina é pior". Golpes promovidos por militares pipocaram em todo o continente no século XX e atrasou o desenvolvimento do continente em bons anos, gerou muitas mortes e criou um modelo de comportamente onde qualquer pessoa que tivesse uma linha de pensamento mais libertário era logo tirado de cena para não influenciar outras pessoas.

O diretor Costa Gravas sempre colocou em pauta em seus filmes denúncias políticas e sociais e para realizar o seu primeiro filme nos Estados Unidos, ele escolheu o regime militar do América Latina como ponto central. Mas como pauta do filme, não está o impacto do regime sobre os próprios moradores da América Latina, mas sim a experiência que norte americanos vivenciaram sobre o período e o suposto envolvimento que o governo dos Estados Unidos tiveram em todos os regimes do continente do terceiro mundo.

O filme fala sobre Charles Horman, jornalista de matérias menores que vive no Chile ao lado de sua esposa Beth. Em uma temporada no litoral do país ao lado de uma amiga, Charles toma conhecimento sobre um segredo de estado e uma das razões para o golpe militar que tinha acabado de acontecer no país. Ao voltar a capital, Charles some misteriosamente, o que leva a sua esposa Beth e o seu pai Ed, a começarem uma busca desenfreada ao seu paradeiro, esteja ele vivo ou morto.

O filme tem um tema polêmico e o diretor consegue se sair bem retratando uma passagem política na qual ele não fez parte, já que Costa Gravas é Grego. Apesar de ser fiel a acontecimentos, talvez o diretor peque ao tentar romantizar algumas passagens, o que torna em determinado momento o seu trabalho um tanto quanto fantasioso, porém esse fato é logo perdoado devido ao ritmo do filme, que é rápido na medida. Sissy Spacek já era uma atriz conhecida e já tinha um Oscar, por esse filme a atriz foi indicada pela terceira vez e mostrou coragem ao topar entrar em um projeto ousado e pouco recomendável para a carreira de uma atriz em ascenção, sua atuação é dramática na medida, sem muitos exageros. Jack Lemmon que faz Ed mostra um show de atuação, provando que além de grande comediante, também é um excelente ator dramático, suas cenas são o ponto alto do filme.

                                           Sissy Spacek e Jack Lemmon: Luta pela Justiça


                                         Sissy: Atuação na medida

Nenhum comentário:

Postar um comentário